1.                                   Almoço familiar

                      Eu simplesmente odeio almoço familiar. sempre tem que vestir roupas chiques e apertadas, além dos cintos presos, que para ir no banheiro demora dois anos para tirar. Eu pessoalmente acho isso ridículo, pois estamos indo para uma reunião familiar em um restaurante, lotadas de pessoas que você conhece e não para uma reunião em um restaurante chiquérrimo dentro  de um palácio, discutindo  com todos os presidentes, reis, negociantes, gênios, e todos os caras importantes do 

mundo, para discutir sobre uma nova forma de viver.
                     Quando chego no restaurante, minhas tias, primos avós vem me cumprimentar, passando uns 10 minutos para cumprimentar todos. Todo almoço vão umas 6 pessoas que eu nunca vi na vida, cada tio leva pelo menos 2 pessoas para os nossos almoços. Quando sentamos, ficam os adultos em uma mesa e as crianças em outra, sempre tento conversar com os meus primo, porém fica praticamente impossível com 20 adultos berrando bem no nosso ouvido, então, como todos os almoços, cada um pega o seu celular e fica mexendo até a comida chegar. Minha mãe não gosta da ideia de eu ficar mexendo no meu celular no meio do almoço, então eu simplesmente encosto a cabeça na mesa e fico esperando a comida chegar.
                A comida sempre demora muito para chegar, pois os garçons entregam todos os pratos ao mesmo tempo, então eles fazem 20 pratos, demora umas duas horas para os pratos chegarem.
              Fico entediado demais, tanto que a cada 5 minutos eu vou para o banheiro para lavar o rosto fazer um Listerine e ouvir as músicas que tem no teto do banheiro o que é o mais perto de algum tipo de diversão. 
           Quando a comida chega os pratos vem minúsculos, e cheio de comidas sofisticadas horríveis, e se eu fizer alguma careta meu pai me olha com cara feia e é nessas horas eu sei que tudo o que eu tenho que fazer é abaixar a cabeça e continuar a comer.
          Quando acaba o almoço tento entrar no carro o mais rápido possível e me trancar para não ter que me despedir de todo mundo.